Apoiadores de Pedro Valdir lotam Câmara e chamam Ney de ‘fujão e fanfarrão’

Especial para o VERBO ONLINE

PEDRO HENRIQUE FEITOSA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Partidários do vereador e candidato a prefeito de Embu das Artes Dr. Pedro Valdir (PSD) lotaram a Câmara Municipal durante sessão na quarta-feira (28) em apoio ao prefeiturável e hostilizaram o presidente do Legislativo e candidato a sucessão adversário Ney Santos (PRB), que não chegou a entrar no plenário. Os correligionários vibravam e falavam “ficha limpa” para Pedro Valdir e vaiavam e gritavam “Ney, fujão, você é fanfarrão” quando o nome de Ney era citado.

Os apoiadores de Pedro Valdir também protestaram contra publicação de pesquisa que teria sido manipulada ou fraudada para beneficiar Ney, publicada pelo “Primeiro Embuense”, de propriedade de Adriana Monteiro, chefe de Comunicação da Câmara, cargo político de Ney. Na própria quarta, o juiz eleitoral Gustavo Sauaia mandou impedir a distribuição do jornal da pesquisa “notoriamente desrespeitosa às exigências legais” sob pena de multa de R$ 60 mil.

Apoiadores do candidato a prefeito Dr. Pedro Valdir (PSD) lotam a Câmara em manifestação com vaias a Ney

Parte dos moradores se manifestou ainda pela criação de um fundo municipal da juventude e contra o que chamou de omissão do poder público em relação aos direitos e mortes de gays, bissexuais e transexuais. “Não podemos continuar dependendo de recursos de secretarias para que ações de interesse da juventude embuense possam ser realizadas, exigimos verba própria. E viemos dar nosso grito de basta contra a violência sofrida diariamente pelos cidadãos LGBT aqui no município”, disse John Lennon, conselheiro municipal de juventude e porta-voz do Coletivo Cidadania LGBT.

A sessão ficou tensa quando o vereador Carlinhos do Embu (PSC), principal aliado de Ney, usou a palavra para defender o presidente da Casa. Os apoiadores de Pedro Valdir apontaram que foram chamados de “vagabundos” pelo vereador e exigiram retratação. Com o protesto e mais vaias, a vice-presidente Rosana do Arthur (PMDB), que conduzia a sessão, suspendeu os trabalhos. Os vereadores se retiraram para sala anexa ao plenário para discutir que decisão tomar.

Pedro Valdir voltou ao plenário para pedir que os apoiadores não impedissem a fala dos colegas da Casa, mas os vereadores aliados a Ney foram orientados a não voltar para a sessão – por assessores do presidente, que estava no estacionamento da Câmara, visto por integrantes da campanha de Pedro Valdir. Em observância ao regimento, Rosana esperou 15 minutos e depois por falta de quórum deu por encerrada a sessão, que durou pouco mais de meia hora.

Assessores de Pedro Valdir protestaram não haver razão para o encerramento dos trabalhos ao lembrar que em outras ocasiões o plenário foi tomado por número até maior de manifestantes, mas a sessão seguiu. Observaram ainda que a Casa tinha um forte aparato da Guarda Municipal. Dos 14 vereadores presentes, apenas Rosana, Doda Pinheiro (PT), Edvânio Mendes (PT) e Pedro Valdir ficaram no plenário “em respeito ao público e aos internautas”, disse a assessoria.

Os apoiadores do candidato do PSD foram à Câmara uma semana depois de o vereador ter o microfone cortado ao pedir que o presidente Ney tornasse pública a relação de livre-nomeados do Legislativo, para mirar a dona do jornal que publicou a pesquisa e possíveis funcionários fantasmas da Casa. “Estão usando de artimanha para enganar a população. Tem de ganhar com campanha limpa e atitudes sérias, a cidade não aceita mais fraude”, disse Pedro Valdir.

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