Buscarini diz que Taboão é mal administrada e promete valorizar funcionários

Especial para o VERBO ONLINE

PEDRO HENRIQUE FEITOSA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Candidato a prefeito de Taboão da Serra pelo PV, Buscarini visitou na tarde de sábado (17) os bairros de Cidade Deus e Jardim Record em corpo a corpo com os moradores em que distribuiu cumprimentos, mas evitou fazer promessas enquanto entregava o plano de governo. Ele disse, porém, que vai valorizar os funcionários municipais – sem aumento real de salário há cerca de 20 anos -, ao avaliar que a cidade tem um orçamento considerável, mas é mal administrada.

Candidato a prefeito de Taboão da Serra Buscarini (PV) conversa com eleitoras na ‘maltratada’ Cidade de Deus

A caminhada teve um ar de saudosismo de eleitores de mais idade e do próprio Buscarini quando falavam dos anos em que o candidato foi prefeito de Taboão por dois mandatos (1983-88 e 1993-96). Em alguns momentos do contato com a população, Buscarini teve de ser apresentado aos mais jovens, quando, entre as conversas, surgiu até uma brincadeira em que ele foi comparado a Dom Pedro 1º, por ninguém ter vivido a época dele, mas conhecer a sua trajetória política. 

Buscarini disse que a recepção popular só o deixa mais confiante. “Para se pensar em construir um futuro, é preciso ter um passado já conhecido. Fizemos muita coisa na saúde, educação, habitação e também social. Estou muito animado, vemos que o povo sente falta do que a gente fez e isso nos deixa confiante. Para uma pessoa que diziam que não iria ser candidato, que tinha passado o prazo de validade, estamos aí, crescendo e incomodando o atual prefeito”, disse.

Buscarini falou também sobre a impressão que teve da região, que nos anos em que foi prefeito não era tão habitada e hoje conta com uma grande e carente população. “Na época que eu era prefeito ainda estava negociando com os donos do espaço, mas isso já faz vinte anos. Os prefeitos tinham que ter feito alguma coisa no bairro, porque na minha época não tínhamos recursos dos governos federal e estadual, não tínhamos um governo atuante”, disse.

O candidato disse que, apesar de maiores possibilidades de obtenção de recursos, a região – na periferia – pouco se desenvolveu. “Tudo que foi feito aqui, e nos outros bairros, ou foi feito com empréstimo da Caixa [banco público] ou com recursos federais e do [governo do] Estado. Mesmo assim, o que vemos é que o bairro está maltratado e precisa de cuidados”, disse Buscarini, ao acusar o que chamou de falta de boa administração da receita arrecadada.

Ele voltou a prometer “choque de gestão” e contemplar os servidores municipais se chegar de novo ao governo. “Taboão precisa é de um choque de gestão. É uma cidade consolidada, não é uma cidade grande, mas tem uma receita boa, precisa ser bem administrada. Um exemplo claro de má gestão é o funcionalismo público. O prefeito pensa que administra a cidade, mas quem faz tudo caminhar são os funcionários públicos, e nós vamos valorizá-los”, afirmou.

Buscarini afirmou que nesta reta final de campanha vai intensificar as caminhadas pelos bairros da cidade e não perdeu a chance de alfinetar os concorrentes nas eleições em 2 de outubro. “Vamos continuar na rua, aumentar as caminhadas, essa é nossa grande diferença. Tem muito candidato que não conversa com povo, alguns têm até dificuldade. E assim, vamos trabalhando e estamos confiantes que vamos chegar firmes ao segundo turno”, disse.

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