PEDRO HENRIQUE FEITOSA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Aprígio (PSD), candidato a prefeito de Taboão da Serra, fez corpo a corpo na manhã de sábado (17) com eleitores na Cidade de Deus (Jardim Record), em que ouviu dos moradores do bairro, um dos mais carentes da cidade, reclamações sobre saúde, educação, limpeza pública e regularização das moradias. Ele acusou o prefeito e candidato à reeleição Fernando Fernandes (PSDB) de “perseguir” empresários e disse cogitar a saída da cooperativa que preside da cidade.
Acompanhado do candidato a vice-prefeito Luiz Lune (PC do B), coordenador de campanha Paulo Félix, candidatos a vereador da coligação e correligionários, logo no começo da caminhada, quando conversava com uma moradora, Aprígio se deparou com uma montanha de lixo e entulho e esgoto a céu aberto. Ele parou no local para gravar um vídeo para relatar a situação e chegou a caminhar sobre os detritos ao dizer se tratar de “uma falta de respeito”.
Ao VERBO, Aprígio disse que Taboão precisa de alguém que trate os moradores com respeito e que o atual prefeito largou a cidade. “As pessoas estão revoltadas com a falta de respeito que a atual administração tem com a população. Andando a gente vê que está faltando bastante coisa e percebe que esse governo abandonou Taboão da Serra”, disse, ao entrar em vários comércios, em que prometeu “deixar as pessoas trabalharem, crescerem e gerar empregos”.
O candidato acusou a administração de praticar “extorsão” com donos de pequenos comércios e empresários em geral. “O comerciante está com medo, muitos estão fechando suas empresas e deixando o município porque não aguentam mais tantos pedidos desnecessários. A cidade tem muito jeito de arrecadar, ela não pode extorquir. O empresário que gera emprego e renda tem que ser respeitado como alguém que está fazendo o bem para a cidade”, disse, incisivo.
Aprígio disse que também é vítima da mesma “extorsão” ao ser perseguido pelo grupo político do prefeito e que pensa em deixar a cidade caso não haja uma mudança no comando do município. “Eu sou perseguido. Tem vereador que quer me extorquir porque eu não dou dinheiro. Por isso que eu estou indo para outra cidade, acredito que a política de lá é mais séria do que a daqui”, disse. Além de erguer condomínios, a cooperativa é vista como geradora de empregos.
Questionado se a decisão poderia atrapalhar seu projeto político de governar Taboão, Aprígio afirmou que não vê problema. “Se tivesse aqui um governo decente, que respeitasse as empresas, seria estranho eu dizer que estou saindo do município. Mas eu sou obrigado a sair e ir para outra cidade porque não dá mais. Taboão da Serra é igual programa do Silvio Santos: é tudo por dinheiro. Eu não vou dar dinheiro para ninguém, quem quiser dinheiro trabalhe!”, reagiu.
Em cada casa que visitava, Aprígio pedia um voto de confiança afirmando que nunca foi prefeito e que precisa apenas de uma oportunidade, fator que julgou fortalecer sua candidatura. “Nunca fui prefeito, nunca fiz mal feito. Ninguém me conhece como uma pessoa que foi e não fez nada. Uns que estão aí, querendo pela quarta vez ser prefeito, o que a gente vê hoje é a cidade abandonada. E eu que nunca fui, preciso de um crédito pra administrar a cidade”, declarou.
