RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Barueri (Grande São Paulo)
O Comando de Policiamento da Polícia Militar da Área Metropolitana de Osasco – responsável por seis batalhões no sudoeste da Grande São Paulo, dos quais os dois na região, o 25º BPM/M, em Itapecerica da Serra e 0 36º BPM/M, que atende Embu das Artes e Taboão da Serra – homenageou na última segunda-feira (18) policiais e “parceiros” da PM em cerimônia que comemorou os 30 anos do CPA/M-8. Representantes de Taboão e Juquitiba foram agraciados pela PM.
Em auditório do Senai de Barueri lotado, o comandante-geral da PM, coronel Ricardo Gambaroni, e o comandante do CPA/M-8, coronel Ernesto Puglia, entregaram condecorações a dezenas de policiais da PM e do Exército e certificados a professores, empresários e líderes comunitários pela “valiosa” colaboração com a PM na formação e atuação conjunta. O delegado seccional de Taboão, Dejar Gomes Neto, também foi indicado para homenagem, mas não esteve presente.
O presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Juquitiba, Pedro Fukumura, considerou a homenagem um reconhecimento ao trabalho realizado pelo Conseg. “A sociedade carece de uma ajuda maior e melhor do policiamento. O nosso compromisso é, da melhor forma possível, contribuir para que a relação polícia e sociedade se estreite, nosso propósito é, através das reuniões que fazemos, procurar aproximar as pessoas da Polícia Militar”, disse Fukumura.
O relações institucionais da Sercom, Marco Antonio Cassimiro, disse que “é uma honra ser homenageado por uma instituição forte” – a PM faz 185 anos. Ele disse que a ocorrência de assaltos ao redor da empresa, no centro de Taboão, diminuiu. “Hoje, tem uma viatura circulando por mais tempo lá, não só da PM como da Guarda Municipal. As pessoas [funcionários] também têm de ajudar e não portar celular à mostra. Conscientizamos de forma interna também”, disse.
O filósofo e professor Mario Sergio Cortella também foi homenageado. Ao VERBO falou sobre envolvimento de PMs em mortes de civis. “Como a polícia esteve atrelada ao comando nos períodos autoritários no Brasil, essas cicatrizes não desapareceram. Sei que vários comandantes têm atuado contra a letalidade na ação policial. Mas como diz Elis Regina numa música, ‘vivendo e aprendendo a jogar, às vezes ganhando, às vezes perdendo, mas aprendendo a jogar'”, disse.
O comandante-geral da PM destacou que em 20 anos São Paulo saltou do quarto Estado mais violento do país, com 133 homicídios por 100 mil habitantes, para um terço da média nacional, com 8,7 assassinatos. “Eram quase 12 mil homicídios em 1997 e hoje são menos de 4 mil. São pelo menos 8 mil vidas salvas a cada ano pelo trabalho desses homens e mulheres. Some-se a isso as vidas salvas de crianças desengasgadas, partos realizados”, disse Gambaroni.
Gambaroni, que fez parte do CPA/M-8, exaltou a “valorosa” unidade pelos 30 anos de criação e disse que a região oeste “está muito melhor hoje pela presença desse trabalho [da PM] e dessa parceria” com os cidadãos, ao agradecer pela colaboração, “auxiliando, até criticando o que entendam que não está certo”. “A nossa principal missão é servir e proteger. Se não fazemos mais, a culpa é nossa, de nossas limitações, mas nosso compromisso é evoluir”, afirmou.
