Léo se diz ‘traído’ por Geraldo, mas admite candidatura em momento favorável

Especial para o VERBO ONLINE

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes

O empresário Léo Novais (PR) anunciou nesta sexta-feira (8) ser pré-candidato a prefeito de Embu das Artes ao declarar ter rompido aliança com Geraldo Cruz (PT), de quem seria pré-candidato a vice. Em entrevista coletiva de imprensa no diretório do PR no Vazame, ele disse que seu grupo político foi trapaceado com uma suposta articulação da equipe de Geraldo para ser trocado por outro nome como companheiro de chapa do petista, sem ter conhecimento.

O empresário Léo Novais anuncia pré-candidatura a prefeito após romper com Geraldo Cruz e ‘se sentir traído’

Ele apontou acordo de Geraldo com o recém-nomeado secretário de Assuntos Jurídicos, Alcionei Miranda, para ocupar o seu lugar como vice. Alcionei foi indicado a vice de Geraldo, mas desistiu a contragosto da pré-candidatura para ceder lugar a Léo. “O fato concreto para o rompimento é uma vez renegociar a pré-candidatura a vice-prefeito sem o nosso conhecimento, uma vez que nós já estávamos definidos como pré-candidatos a vice-prefeito na chapa”, alegou Léo.

Presidente do PR de Embu, Léo fez duras críticas a Geraldo e atribui a ele falta de transparência e quebra de confiança. “Nós nos sentimos traídos, 100% trapaceados dentro do processo porque foi um acordo desde o início. Todo mundo sabe como foi criado esse grupo, tinha apenas as siglas PT, PR e PTN, três partidos. Só o nosso grupo [PR] representava 27% do grupo inteiro”, disse. Justificou ainda retomar o projeto inicial do PR que era ter candidatura própria a prefeito.

Apesar de atribuir a ruptura com Geraldo à articulação para ser preterido, Léo admitiu o quadro político favorável com as pré-candidaturas de Ney Santos (PRB) e Geraldo poderem ser barradas pela Justiça. “Por que não fazer composições futuras? Conjunturas políticas? Todas são possíveis. Por que não? Principalmente no quadro em que nos encontramos, [com] os pré-candidatos a prefeito com problemas jurídicos”, disse Léo, indicando uma futura composição política.

Curiosamente, Léo comunicou a saída do grupo no qual era pré-candidato a vice na chapa de Geraldo um dia depois de o prefeito Chico Brito anunciar desfiliação do PT. Com a decisão de Chico vista como retirada de apoio a Geraldo e adesão eleitoral a Ney, Léo vislumbra ser o candidato de Chico pelo entrave jurídico e alto potencial de rejeição de Ney e ter ainda o apoio do ex-vereador (cassado), que se retiraria da disputa, como apurou o VERBO nos bastidores do PR.

Procurado pelo VERBO, Geraldo rebateu as críticas de Léo e afirmou que não existe nenhum tipo de articulação para colocar outro pré-candidato a vice no lugar do presidente do PR. “Nós não fizemos negociação com Alcionei. Quem fez [há cerca de 20 dias] foi ele, ele juntamente com o grupo dele que negociou a [pré-candidatura a] vice com Alcionei, porque o Alcionei estava colocando o nome dele como candidato a vice na nossa chapa”, disse Geraldo à reportagem.

Geraldo sugeriu ser um pretexto a decisão de Léo. “Fizemos uma discussão com ele lá atrás e combinamos que iríamos discutir a candidatura de outra forma, com respeito um ao outro, e a discussão passaria por ele. E eu coloquei ele como vice a vida inteira, foi sempre eu que quis isso, adotei a vida toda ele como nosso vice, nunca fizemos qualquer questão de ele não ser”, afirmou. “Quem é que traiu ele? Aqui não tem nenhuma namorada de ninguém”, ironizou Geraldo.

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