RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O vereador Ney Santos (PSC) reuniu muitos correligionários e simpatizantes neste domingo (28) em encontro que buscou manifestação maciça de apoio ao pré-candidato a prefeito e transmitir que não estaria impedido de concorrer. Ele teve o mandato cassado na terça-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por compra de votos, por unanimidade (7 a 0). Nesta segunda ou terça-feira, a Câmara deve ser notificada para o vereador perder a cadeira.
Após o evento, em hotel de propriedade do pré-candidato a vice, Milton do Rancho (PMDB), Ney se manifestou pelo Facebook e voltou a atacar o PT, com declaração incisiva. “Eu só tenho a agradecer a Deus pelo carinho e solidariedade prestado a mim na tarde deste domingo. Mais de mil pessoas se reuniram para apoiar o nosso projeto de mudança para Embu das Artes e protestar contra a injustiça e tentativa descarada do PT de assassinar a minha reputação”, disse.
Ney faz ataque seletivo ao PT ao ignorar que foi cassado em processo de autoria de coligação formada pela sigla que governa a cidade e outros 16 partidos, representados, entre outros, pelos presidentes Fabio Pereira, do PMDB, Roberto Terassi, do PSB, e Nelson Pedroso, do PTC, além do PC do B – aliado histórico do PT –, do vereador Clidão do Táxi. Ney ainda apinhou indicados políticos no governo do PT, nomeados pelo prefeito Chico Brito, que o apoia nos bastidores.
Na reunião, um dos advogados de Ney no processo por compra de votos, Joel Matos, procurou tranquilizar os pré-candidatos a vereador e demais lideranças do grupo político sobre a garantia de candidatura do vereador. Conforme apurou o VERBO, Matos disse que Ney pode ter o mandato cassado, mas que poderá concorrer a prefeito. O defensor de Ney dizia antes que a denúncia de “captação de sufrágio” era sem fundamento e o processo, com falhas e frágil.
Participaram ainda da reunião os vereadores Júlio Campanha, do PTB – partido que apoia a pré-candidatura a prefeita de Dra. Bete (Pros) –, Rosana do Arthur (PMDB), Luiz do Depósito (PMDB), Carlinhos do Embu (PSC), Jefferson do Caminhão (PSDB), Jabá do Depósito (PTC), Gilson Oliveira, do PT, mas que deve deixar o partido ou ser expulso, e Clidão do Táxi, líder do prefeito na Câmara. Fábio Pereira, Roberto Terassi e Nelson Pedroso compuseram também a mesa.
“Com certeza estou mais forte do que nunca, preparado para continuar trabalhando arduamente dia após dia pelo meu povo que tanto precisa e merece”, concluiu Ney na rede social. Apesar da aparente confiança, ele foi condenado em segunda instância e não deverá disputar a prefeitura neste ano, barrado na lei da Ficha Limpa, se não reverter a decisão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Conforme relato ao VERBO, ele voltou de Brasília na quinta “cabisbaixo”.