Um mês depois, enchente após chuva rápida volta a castigar largo de Taboão

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Forte chuva de menos de meia hora por volta das 15h45 desta quarta-feira (27) voltou a castigar o largo de Taboão da Serra. Ruas da região ficaram de novo inundadas e carros, submersos, depois do transbordamento do córrego Poá, que ainda não teve as obras de canalização concluídas pela prefeitura. A Defesa Civil não registrou vítimas nem queda de árvore, mas moradores e lojistas amargam outra vez prejuízos, apenas um mês após a última enchente na cidade.

Ilhado, homem em bar na esquina das ruas José Soares de Azevedo e do Carmo observa desolado enchente

As ruas Getúlio Vargas e José Soares de Azevedo foram as mais atingidas pela inundação, que chegou até a rua do fundo, a Santa Luzia, diante do morro do Cristo. “Que situação lamentável. Mais uma vez o povo desta região sofre”, disse Rosangela Maria Sousa no Facebook. “Um mês e um dia após a anterior, como pode isso!”, lamentou Patrícia Caraça. “Triste problema sem solução”, opinou Delmo Jota. “Solução tem, basta a prefeitura querer”, falou Fabio Coruja.

“Acham que é notícia velha? Na verdade, tudo se repete, dia 27 de janeiro de 2016, exatamente um mês depois da última vergonha (enchente)”, disse a Smart Bombeiros, um dos locais alagados na José Soares de Azevedo. “Sem apoio, fizemos o que podíamos (avisamos moradores no início das chuvas, casa após casa […]). Nenhum órgão se antecipou às chuvas que já inundavam o município de Embu. O que fazem é somente aparecer depois de tudo destruído”, falou.

Apesar de o piscinão na divisa não ter transbordado, como na última enchente, o cruzamento com a rodovia Régis Bittencourt na entrada da cidade inundou e causou um “nó” no trânsito até por volta das 17h. Na BR-116, o trecho do km 272 sentido São Paulo voltou a inundar e ficar intransitável. Depois de a água baixar, o local ficou de novo alagado com chuva moderada e provocava fila de carros até na avenida Paulo Ayres, no Parque Pinheiros, por volta das 17h40.

A travessa das Cigarreiras, Jardim Mirna, voltou a alagar, e moradores de novo cobraram da vereadora Érica Franquini (PSDB) o fim das obras no local. A Régis em Embu das Artes também teve ponto de inundação, totalmente intransitável, no km 276 sentido Sul do país, cena de um “rio” que parecia relegada ao passado. “Choveu em Embu/Taboão no São Judas alaga tudo. Prefeito Chico Brito [do] PT limpa a m… do córrego […]”, desabafou Rafael Silva, morador na divisa.

Em Taboão choveu 45 mm. “É bastante. Foi um período rápido de chuva, mas foi forte”, disse Maurílio Boaventura, da Defesa Civil. Embu teve alagamentos transitáveis nas avenidas Elias Yazbek (centro) e Hélio Ossamu Daikuara (em frente à ABA Motors) e escorregamentos no Jardim Santa Rita, Sílvia, Capuava, Dom José e Taima. “Nada muito sério, tudo de pequeno porte, sem vítimas”, disse Paulo Brandão, da Defesa Civil. Em Embu choveu “consideráveis” 60 mm.

Carro, motoristas e pedestres nas ruas José Soares de Azevedo e do Carmo inundadas no largo de Taboão
Régis Bittencourt como um “rio” no km 276, em Embu; rodovia também alagou no crônico km 272, em Taboão

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