Professores da região fecham BR e nesta sexta-feira vão até palácio do governo

Especial para o VERBO ONLINE

RÔMULO FERREIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Professores da rede estadual de ensino realizaram em Embu das Artes na tarde desta quinta-feira, dia 9, manifestação para chamar atenção e conseguir apoio da população à greve que deflagraram há quase um mês, em 13 de março. Eles também compartilharam informações sobre os comandos da paralisação e como será a mobilização para o protesto programado para esta sexta-feira, dia 10, em frente ao Palácio dos Bandeirantes (zona sul), sede do governo paulista.

Professores caminham no trevo da entrada de Embu, no km 282 da Régis, para em seguida bloquear a BR-116
Professores caminham no trevo da entrada de Embu, no km 282 da Régis, para em seguida bloquear a BR-116

Cerca de 200 professores de Embu, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra se concentraram na praça central de Embu, por volta das 15h, e depois seguiram pela avenida Elias Yasbek até o trevo da entrada da cidade, no km 282 da rodovia Régis Bittencourt. Em seguida, voltaram pelo mesmo caminho, subiram pela rua da escola estadual Maria Auxiliadora e bloquearam a BR-116, por meia hora, até as 18h, com apoio da polícia. Na estrada protestaram cem professores.

Os professores da região esperam uma manifestação com grande adesão como a da semana passada, na região central de São Paulo, até para não ter repressão aos grevistas. “Espero que não tenha pancadaria. Ali é ‘osso’ [evitar ser alvo]. Mas se for a mesma quantidades de pessoas de quinta vai ser tranquilo”, disse ao VERBO um professor que leciona na periferia de Embu das Artes. Na cidade a estimativa é de que 60% dos professores estejam em greve.

“Acredito que amanhã [nesta sexta] tem mais, muitos vão para o palácio”, completou. Ao meio-dia e meia, professores sairão da subsede da Apeoesp (sindicato da categoria), em Taboão. De cada subsede sairá ônibus, mas muitos devem ir direto. As reivindicações da categoria são aumento de 75% para equiparação salarial com demais categorias de nível superior, conversão de bônus em reajuste salarial, reabertura de salas e máximo de 25 alunos por classe, entre outras.

Uma comissão foi na quarta, dia 8, à Câmara de Embu para pedir apoio dos vereadores à greve. “A greve na educação não mexe com a sociedade, no máximo, com os pais dos alunos, falta sensibilidade à causa dos professores”, disse o professor Toninho. Já o professor Ronaldo Mercês criticou o vereador Luiz do Depósito (PMDB), para quem “exigir 75% é não querer acordo”. Constrangido e diante de queixa de vereadores, o presidente Ney Santos (PSC) interrompeu.

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