Redução da maioridade não deve ser vista como esperança, diz ministro do STF

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Da Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse nesta quarta-feira, dia 1º, que a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos não deve ser vista como esperança de dias melhores. “Cadeia não conserta ninguém e não resolve os problemas do país, que são outros”, afirmou Mello, um dos ministros mais velhos na corte máxima do país, nomeado em 1990.

Ministro Marco Aurélio Mello, que disse que “cadeia não conserta ninguém e não resolve problemas do país”

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171-A/93, que altera a faixa etária de responsabilidade penal, foi aprovada na terça-feira, dia 31, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), após mais de 20 anos em tramitação. O texto seguirá para uma comissão especial, que será instalada no próximo dia 8 pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O ministro Marco Aurélio lembrou a articulação para que a mudança se torne cláusula pétrea, dispositivo constitucional que não pode ser alterado nem mesmo por uma PEC. Ele antecipou que não concorda com a classificação legal para redução da maioridade. “De início, não penso assim, mas estou aberto à reflexão”, ponderou, afirmando que o projeto “baterá no Supremo”.

O ministro reconheceu que o ritmo de aprovação de novas regras demonstra que o Legislativo está buscando se fortalecer. Entretanto, alertou sobre o receio de normatizações “em época de crise, porque vingam as paixões exarcebadas”. Segundo ele, o país já tem leis suficientes para correções e deveria se concentrar em outros problemas.

> Com a Redação do VERBO

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