ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE
O deputado estadual Geraldo Cruz (PT) disse que é candidato a prefeito de Embu das Artes em 2016 e pretende cumprir o mandato na Assembleia Legislativa só por dois anos. Apesar de considerado por lideranças políticas e grande parte da população como nome certo à sucessão de Chico Brito (PT) e reservadamente falar em disputar o pleito, ele admite publicamente pela primeira vez que concorrerá ao cargo de chefe do Executivo que já ocupou de 2001 a 2008.
Antes da eleições no ano passado e após decidir tentar novo mandato de deputado estadual, Geraldo desconversava acerca da sucessão municipal, dizendo que era cedo para falar sobre 2016 ou para não correr risco de perder voto ao admitir que não cumpriria os quatros anos na Assembleia, se eleito. Rompido com Chico, a quem fez seu sucessor, no pior racha entre dois caciques e respectivos grupos dentro do PT de Embu, Geraldo se viu alvo de “fogo amigo”.
No lançamento da candidatura em julho de 2014, Geraldo teve de negar fala e afirmação em jornal por parte de grupo petista no governo de que não cumpriria, se eleito, o mandato até o fim para ser candidato a prefeito em 2016. Ele admitiu, porém, que “tudo pode acontecer”. “Quero ficar mais quatro anos lá na Assembleia. Agora, estou na política, as eleições são disputadas de dois em dois anos. Mas quero ter um segundo mandato, melhor do que fiz”, despistava.
Em dezembro, mesmo já eleito para segundo mandato de deputado, Geraldo ainda negava o plano de disputar a prefeitura. Em entrevista exclusiva ao VERBO, em momento tenso, quando questionado que podia ter negada legenda para ser candidato por conta de Chico controlar o partido e o rejeitar, ele disse: “Mas eu nem sei se vou me colocar [como] candidato, já falei que a eleição é em 2016, agora vamos discutir assuntos sobre o novo governo da Dilma”.
No último sábado, véspera da posse na Assembleia, Geraldo falou que é candidato. “A nossa expectativa é fazer uma campanha ano que vem e disputar a prefeitura, é o nosso objetivo. Estou muito otimista, penso que o PT tem grande chance de fazer uma composição boa e fazer a sucessão do Chico. É uma disputa que vou fazer com muito prazer. Quero ganhar”, disse ao VERBO. Ele admitiu ser deputado só metade do mandato, se eleito. “Por 2 anos, é verdade.”
Geraldo resolveu assumir a candidatura, a quase dois anos da eleição, depois que adversários petistas já se lançaram à sucessão municipal e esperam rivalizar com ele para ser o nome escolhido do partido. O vereador João Leite já se declara candidato a prefeito, mas é visto como quem teve sua chance e não passou no teste ao ter só 14.711 votos na cidade para deputado estadual – ficou como 2º suplente. O vereador Doda Pinheiro busca conquistar espaço no PT.