RÔMULO FERREIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O jornalista Adilson Oliveira, morador da região do Pirajuçara, em Taboão da Serra, procurou a UBS Jardim Suiná para marcação de consultas e exames de especialidades e foi acusado de desacato pela diretora e levado pela Guarda Civil Municipal a delegacia, na tarde desta quarta-feira, dia 28. Oliveira faz reportagens para o VERBO, mas não estava a trabalho e foi até a unidade como munícipe conseguir os agendamentos para duas pessoas da família, idosas.
Oliveira retornou à UBS, depois de ter ido na semana passada, e voltou a ouvir de atendente que não tinha vagas para mamografia e com dermatologista e otorrinolaringologista, para a mãe, de 72 anos, e também de mamografia e ultrassom vaginal, para uma tia de 62 anos. Ele não aceitou de novo a resposta negativa para procedimentos solicitados em outubro e pediu para ligar na Secretaria de Saúde para uma solução, mas a funcionária prontamente se recusou.
O morador foi até a sala da diretora Mayumi Takamura, a quem já tinha reclamado sobre a situação. Ela disse que não havia vaga e não tinha o que fazer, era para as pacientes esperarem por tempo indeterminado, não importava se eram idosas. Depois de insistir, ele foi colocado em contato na secretaria com a funcionária Vera, que disse que a oferta de vagas dependia do governo do Estado e não quis mais ouvir, “bateu o telefone na minha cara duas vezes”, conta.
Oliveira conta ainda ter perguntado se era o máximo que podia fazer, e ela disse que sim. Não convencido, ele disse que só ia deixar a UBS quando fechasse, às 17h, à espera da uma providência. Ela deixou a sala e depois de acionar a Guarda voltou e passou a falar em desacato. Na delegacia, falou que o morador disse que ela era “insensível, incapaz, que estava fazendo pouco caso, que não sabia quem ele era e que faria de tudo para que fosse mandada embora”.
“Do nada passou a me acusar. Respondi que, com outras pessoas no posto, estava passando humilhação para ter uma consulta e não era digno ela falar em desacato”, diz Oliveira. “Cobrei, sim, que ela desse uma solução, disse que minha mãe pode ter algum problema de saúde, pelo pedido de mamografia, mas em momento algum a desacatei, a xinguei, não é da minha índole, ou faria sair do posto. Como poderia ter sido desacatada se até me ofereceu água?”, completa.
Ele observa ter dito, sim, que a gestão da unidade era falha ao comentar que em outro posto, no Jardim Record, uma amiga agendou mamografia durante a mesma semana, e que a diretora se colocasse no lugar de muitos usuários acima de 60 anos que sem marcar saiam da UBS desolados. Segundo Oliveira, ela não soube explicar ao certo o que ocorria. “Ela admitiu que o posto está com uma fila grande de pacientes aguardando, e muitos são idosos”, afirma.
Oliveira diz que um dos GCMs, Giovanini, foi truculento. O GCM falou que o morador “estava causando confusão” e se irritou ao ouvir ele dizer que conhecia o comandante da Guarda e era jornalista. Com o dedo no rosto do munícipe, gritou: “Toma cuidado com o que diz, você não sabe com quem está falando”. “Despretensiosamente falei o nome do comandante da GCM, para dizer que era uma pessoa de bem, o GCM me tratava já como marginal. Já para o delegado ele falou que eu disse que ele devia tomar cuidado comigo. Afirmação fantasiosa, uma inverdade absurda”, declara.
Quando o munícipe perde a paciência com o descaso e se altera, é desacato. Quando o funcionário é grosseiro e mau humorado e destrata o munícipe chamamos do quê? Faz o quê? Nada? Porque se responder ou questionar está desacatando.
Sem comentários o serviço prestado por alguns que envergonham a categoria pela má vontade de trabalhar, atendem mal e acaba sobrando pra todo mundo.Reciclagem e treinamento faz em no setor privado. Que tal o setor público adotar tbém. Se dá certo lá, com certeza não fará mal nenhum aqui.
Não tenho procuração, mas quero defender o Adilson Oliveira, ele é cidadão de Taboão da Serra, respeitado na comunidade e atuante no jornalismo da região, acredito que em sua peregrinação pela saúde de sua mãe e familiares não foi reivindicar nenhum privilégio, mas apenas e tão somente o seu como de todos nós moradores da cidade um serviço de saúde que atenda as nossas necessidades. Nós enquanto servidores, sou servidor municipal, devemos oferecer o que a estrutura dos serviços nos permite ao cidadão, mas não devemos julga-los por suas ações, não é nosso papel, nós devemos ser os mais solícitos possível com os cidadãos comuns e passar menos o “pano” nas chamadas autoridades. Só com pressão popular o serviço melhora, inclusive, as condições de trabalho, se respeitamos os contribuintes eles nos prestigiarão!.