ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Os vereadores Marcos Paulo (Pros) e Ronaldo Onishi (SDD) anunciaram na manhã desta terça-feira, dia 9, que colocam à disposição do prefeito Fernando Fernandes (PSDB) os cargos no governo ocupados por comissionados que indicaram, em solidariedade aos colegas Érica Franquini (PSDB) e Cido (DEM), que tiveram “colaboradores” exonerados da gestão municipal após fecharem apoio a uma chapa para presidência da Câmara com participação dos oposicionistas.
Na quinta-feira, dia 4, Marcos Paulo teve manifestação de voto dos três vereadores e também dos três da oposição, Professor Moreira (PT), Luiz Lune (PC do B) e Luzia Aprígio (PSB), em “chapa” que definiu Marcos Paulo presidente, Erica, vice, Cido, 1º-secretário, e Onishi, 2º-secretário. Apesar da escolha de um membro da base governista para comandar o Legislativo, o acordo com os oposicionistas despertou a fúria de Fernando, que declarou que Érica e Cido o traíram.
A nota dos quatro vereadores da base governista diz que “reafirmamos que não houve traição por parte da vereadora Érica, que se somou a esse time por entender que ele representa melhor o modelo de legislativo que ela acredita”, e que, “em respeito” a Cido e Érica, que entendem que a exoneração dos colaboradores “foi uma medida excessiva”, Marcos Paulo e Onishi “externam total apoio aos pares” e “puseram seus espaços no governo à disposição”.
Na nota, os vereadores procuram desmentir qualquer participação ou influência de líder político na composição. Fernando indica que por trás do acordo está o ex-vereador e ex-candidato a prefeito Aprígio (PSB). “Rechaçamos qualquer informação sobre a ocorrência de reunião com líderes da oposição ao governo municipal, […] e muito menos qualquer interferência na formação da mesa diretora por qualquer liderança política, seja da oposição ou da situação”.
“A formação da mesa não tem o objetivo de fazer oposição ao governo Fernando Fernandes. Ela é fruto de um entendimento entre os pares, do companheirismo e da cumplicidade que foi amadurecendo com o passar desses dois anos de trabalho nessa Casa de Leis. Mostrando o peso e a importância de cada parlamentar; estamos dizendo ‘não’ ao tratamento desigual interno na casa. Deixamos claro que a discussão é ‘interna corporis’ do Legislativo Municipal”, diz.
Na nota, Cido refuta ser traidor, como também foi chamado pelo prefeito, ao afirmar que “não fomos os primeiros a procurar compor com os votos da oposição”, em alusão a outros governistas, e justifica ter escolhido Marcos Paulo, o Paulinho. “O Cido deu a palavra [de não procurar a oposição] para o [vereador Marco] Porta. Como o Porta não seria mais candidato, ele resolveu apoiar o Paulinho, que, por sua vez, também apoia o prefeito”, disse Moreira ao VERBO.
A eleição da mesa-diretora está prevista para esta terça-feira, dia 9, em sessão que deve ser conturbada. Militantes do MST (sem-terra) prometem lotar o novo prédio da Câmara para reivindicarem, segundo o movimento, que “nossas demandas sejam incluídas no orçamento do município para o ano que vem”, que começará a ser votado nesta noite. Carlinhos do Leme (PP), Joice Silva (PTB), André Egydio (PSDB) e Porta (PRB) também disputam a presidência.
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LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA OFICIAL DE VEREADORES GOVERNISTAS À IMPRENSA
NOTA À IMPRENSA DE TABOÃO DA SERRA E REGIÃO
“Os vereadores Marcos Paulo, Érica Franquini, José Aparecido (Cido) e Ronaldo Onishi vêm por meio desta nota a imprensa de Taboão da Serra e região, rebater alguns fatos vinculados em jornais impressos e virtuais.
Rechaçamos qualquer informação sobre a ocorrência de reunião com líderes da oposição ao governo municipal, para tratar da eleição da próxima Mesa Diretora. Tal informação é mentirosa e difamatória. Tem o objetivo claro de jogar o governo contra vereadores que sempre fizeram defesa dos projetos do Executivo.
Esclarecemos que nunca houve reunião e muito menos qualquer interferência na formação da mesa diretora por qualquer liderança política, seja da oposição ou da situação.
A Formação da mesa não tem o objetivo de fazer oposição ao governo Fernando Fernandes. Ela é fruto de um entendimento entre os pares, do companheirismo e da cumplicidade que foi amadurecendo com o passar desses dois aos de trabalho nessa Casa de Leis. Mostrando o peso e a importância de cada parlamentar; estamos dizendo “não” ao tratamento desigual interno na casa. Deixamos claro que a discussão é “interna corporis” do Legislativo Municipal.
Queremos afirmar que somos todos responsáveis de forma igual, na escolha dos membros para eleição da próxima Mesa Diretor. Essa decisão foi fruto de inúmeros acontecimentos, sendo assim não podemos falar em traidores, e Repudiamos tais acusações.
“Havia um encaminhamento, com o Vereador Marco Porta para o cargo de presidência da câmara, e tudo mudou na última quinta feira, quando tive a informação que o mesmo estaria abrindo mão da disputa para outro candidato, a partir deste momento fui convencido pelo Vereador Marcos Paulo e demais pares desta nova mesa, pois não fomos os primeiros a procurar compor com os votos da oposição, o Vereador Marcos Paulo além de ser base de governo é um jovem político promissor, que tem meu respeito e admiração”, diz o Vereador Cido.
Reafirmamos que não houve traição por parte da vereadora Érica, que se somou a esse time por entender que ele representa melhor o modelo de legislativo que ela acredita.
Neste sentido, em respeito aos vereadores Cido e Érica, os vereadores Marcos Paulo e Ronaldo Onishi externam total apoio aos pares. Ambos entendem que a exoneração dos colaboradores de Érica e Cido do governo foi uma medida excessiva. Por essa razão Marcos Paulo e Onishi puseram seus espaços no governo à disposição.
Salientamos que mantemos firme, de forma irrevogável, irretratável e imutável nosso voto para a formação da mesa diretora que anunciamos anteriormente. Esse grupo está unido, coeso e vai ser manter assim zelando sempre pelo bem da Câmara e da população da nossa cidade. Esclarecemos que nenhuma manobra ou golpe para mudar a data ou impedir a eleição da mesa nos fará recuar do nosso objetivo. Lembramos que a Lei Orgânica garante que a eleição deve acontecer na primeira sessão de dezembro. Queremos o cumprimento da lei municipal. Entendemos que esse é o primeiro passo para termos um legislativo mais forte, democrático e transparente.
Atenciosamente:
Marcos Paulo
Cido da Yafarma
Érica da Enfrrmagem
Ronaldo Onishi”
