ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE
A divisão no resultado das eleições presidenciais se refletiu nos Estados, com a vitória da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) em 15 unidades da Federação, e Aécio Neves (PSDB) como o mais votado em 11 e no Distrito Federal. Mas o aspecto mais emblemático da disputa mais acirrada em 25 anos do pleito para o Palácio do Planalto, desde a redemocratização do país em 1989, foi o revés de cada presidenciável “em casa”, que custou a eleição para o tucano.
Embora nascida em Minas Gerais, Dilma iniciou a carreira política no Rio Grande do Sul. No Estado, onde tem domicílio eleitoral e ao qual viajou para votar, a presidente obteve 46,47% dos votos, contra 53,53% do adversário. Em universo de exatos 8 milhões, 385 mil e 656 votos, a petista foi derrotada por 455 mil votos de diferença. Na capital Porto Alegre, ela recebeu ainda menos adesão nas urnas, 46,07%, e perdeu por 64.058 votos a menos que Aécio, que obteve 53,93%.
Em Minas, onde nasceu, Aécio foi derrotado por Dilma, que ficou com 52,41% dos votos, e o tucano, com 47,59%. Do colégio de precisos 15 milhões, 237 mil e 099 eleitores – o segundo maior do país -, o senador perdeu no Estado por diferença de 550,5 mil votos, em vez de superar a adversária por marca expressiva, e sepultou a própria eleição. Ele tinha governado Minas por oito anos, de 2003 até 2010. Em Belo Horizonte, porém, teve vitória inconteste, com 64,27%.
Dilma venceu nos Estados de Alagoas, do Amazonas, do Amapá, da Bahia, do Ceará, do Maranhão, de Minas Gerais, do Pará, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Sergipe e do Tocantins. Os melhores resultados foram obtidos no Maranhão (78,76%), no Piauí (78,29%) e no Ceará (76,75%). Ela venceu com margem menor de votos exatamente em Minas e no Estado do Rio (54,94%). Na capital fluminense, teve 50,79%.
Aécio ganhou a disputa no Distrito Federal e nos Estados de Espírito Santo, de Goiás, de Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso, do Paraná, de Rondônia, de Roraima, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo. Os Estados que mais deram vantagem ao tucano foram Santa Catarina (64,59%), São Paulo (64,31%) e Acre (63,68%). Ele ganhou com menos folga justamente entre os gaúchos, entre os capixabas (53,85%) e no Mato Grosso (54,67%).
