RÔMULO FERREIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
A vendedora Adriana Maria Andrade, 37 anos, e a bebê que esperava morreram nesta segunda-feira, dia 1º, após realização do parto no Pronto-Socorro e Maternidade do Antena, em Taboão da Serra. A moradora do Parque Marabá deu à luz no fim da tarde uma menina, que não resistiu em procedimento com grave sofrimento. O atendimento resultou também na morte da mãe, logo depois. Abalada, a família acusa a unidade de negligência e fez boletim de ocorrência.
De acordo com familiares, por volta das 18h, a equipe médica colocou Adriana para ter, em parto normal, um bebê de 61 centímetros e cinco quilos, mas a situação se complicou. O procedimento de emergência foi traumático. Com a gestante em iminente risco de vida, o médico decidiu quebrar a clavícula do bebê para tentar tirar do útero da paciente, mas, sem êxito, empurrou a criança de volta para fazer cesariana. A menina morreu no ato e a mãe, logo em seguida.
Os dados de entrada e óbitos teriam sido modificados da ficha da paciente, para que o médico que fez o parto, que deixou a unidade em seguida, não seja responsabilizado, acusam familiares. “Colocaram no horário do próximo plantão, logo ele não será responsabilizado. Na verdade, não houve declaração do médico [sobre a causa das mortes], ele simplesmente foi embora”, denuncia um familiar. O pai de Adriana não quis assinar declaração de óbito e foi à delegacia registrar o BO.
Além de consternados, parentes estão revoltados. “E hoje 1 de setembro chega a falecer durante o parto no HOSPITAL ANTENA por negligência médica minha cunhada Adriana Andrade e sua neném que estava com saúde e pronta para nascer… Porém, o médico irresponsável forçou um parto normal sem lógica alguma […] O certo seria fazer uma cesárea. A minha revolta maior foi o médico ter desaparecido após o parto”, diz Maira Souza em página de Adriana no Facebook.
A Maternidade do Antena, que tem a administração repassada pela prefeitura à organização social privada SPDM, registra a segunda morte de gestante em menos de uma semana. Na última terça-feira, uma jovem de 25 anos também morreu no parto. Adriana aguardava com grande expectativa pela chegada da filha. “Graças a Deus estou firme e forte, tenho que ficar bem pra chegada d MANU q será logo estamos na espera”, disse ela no Face. Adriana deixa marido e seis filhos.
O corpo de Adriana já foi liberado pelo IML, mas não foi autorizada necrópsia – caso queira, a família precisará entrar com processo, e terá de providenciar a exumação do corpo. O velório de Adriana e da filha Manuela estão previstos a partir das 13h30 e o sepultamento, às 16h30, no Cemitério da Saudade, no município. O VERBO não conseguiu falar com a direção da Maternidade do Antena nem com a secretária de Saúde, Raquel Zaicaner, que estava com telefone desligado.
Minha tia e a Manu hj descansam em paz. Hoje foi duro ver um de seus 6 filhos carregar o caixão de sua mãe tento a certeza de que ela não morreu por causas naturais. Nossa Manu seria uma linda princesinha mais infelizmente lhe tiraram a vida! Que o hospital e esse homem que se diz médico sejam culpados pois não se tira a vida de nenhum ser humano muito menos desta forma! A família inteira esta indignada esperamos justiça para que outras mulheres que entram nesse hospital saiam felizes com seus bebes pois a tragédia que vivenciamos não deve ser desejada a ninguém!
quase me aconteceu isto tbm há 23 anos atras quando fui ganhar meu filho no hospital fleming em santo amaro q dps trocou umas vezes de nome e hoje nem sei se é hospital
Absurdo. É este o respeito que a saúde pública tem com os cidadãos? Com a palavra, a prefeitura e a administradora do Antena. Imprensa, não deixe o caso sem resposta.
soo deus sabe a dor que estamos passando por perder nossa mãe desta forma!
quero justiça tanto pros médicos responsáveis quanto pro hospital
Minha irmã tambem morreu por negrijencia medica ela teve um avc e ele. falavao que ela estava alcolizada colocarao gricose nela que acabou morrendo