Investigação ‘adiantada’ identificará logo ladrões de caixas, diz delegado

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

A Polícia Civil de Taboão da Serra se debruça em investigar a possível relação entre o roubo a caixas eletrônicos em hipermercado na estrada Kizaemon Takeuti na região do Pirajuçara e o incêndio a ônibus distante poucos quilômetros, na Vila Indiana, na última quinta-feira, dia 31. A ação de queimar o coletivo teria objetivo de despistar a polícia com o deslocamento de viaturas da área da rede D’avó quando os criminosos estouraram terminais 24h no estabelecimento.

Bando de cinco homens se aproxima e usa pés-de-cabra para colocar explosivos em caixas eletrônicos
Parte do bando de 9 homens se aproxima e usa pés-de-cabra para colocar explosivos em caixas eletrônicos

De acordo com a polícia, nove homens com colete à prova de balas e armados com fuzis, metralhadoras e barras de ferro invadiram o D’avó por volta das 6h20, pelo estacionamento, no subsolo, sete subiram até o andar do mercado e da área de oito caixas eletrônicos, enquanto dois permaneceram embaixo “segurando os funcionários” de uma academia. Os criminosos explodiram três caixas e roubaram quantia não divulgada. Cerca de meia hora antes, um ônibus foi incendiado.

De início, a polícia considerava relação entre as ações. “Veja que foram organizados, não foi algo aleatório, sincronizaram o fogo no ônibus com o roubo”, disse o delegado-titular Gilson Leite ao VERBO. “Sete subiram [até o andar dos caixas], dois ficaram embaixo, esses são os visíveis. Fora esses, tem os dois da moto, e deve ter tido outras pessoas na cobertura. Foi uma organização bastante militar, bem organizada, não foi coisa de amador”, continuou o chefe do 1º Distrito de Taboão.

Indagado se o ataque a um ônibus sem motivo aparente não levantaria suspeita para outra ação, ele disse que não. “No primeiro momento, estamos vinculando isso [as duas ações], mas é vinculado? Vou saber no curso das investigações se realmente existe um vínculo, tanto que foi aberto um inquérito para apurar o incêndio no ônibus e outro sobre o roubo”, afirmou. Leite cogitou que os ladrões podem ter usado cartão “chupa-cabra” para descobrir caixas com mais dinheiro.

De acordo com Leite, os criminosos “deixaram muita linha para investigação, mas não dá para afirmar que grupo que é”. No entanto, disse ter a expectativa de identificar o bando “em um curto espaço de tempo”. “Não digo efetivamente a prisão, mas a descoberta da autoria e pedido de prisão de algumas pessoas. Muita coisa está adiantada. Mas não podemos antecipar nada, a elucidação do caso vai depender do nosso sigilo e da rapidez na investigação”, afirmou.

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