ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Akira Tada, em Taboão da Serra, tem situação de caos no atendimento e repetiu na noite desta terça-feira, dia 22, o suplício aos pacientes do município. Falta de médicos e profissionais de enfermagem, atendentes sobrecarregados e “mal educados”, usuários sentados no chão e em acessos entre andares à espera de consulta ou medicação, “bagunça” na triagem com sumiço de fichas e demora de mais de dez horas para atender foram o cenário desolador visto no pronto-socorro, que estava superlotado.
O letrista Rogério Varjão, 44, morador da Vila Indiana, chegou à UPA no meio da tarde e pelo menos até 1 hora da madrugada desta quarta-feira continuava no PS com o pai, que estava com pressão alta e “vomitando direto”. O homem de 65 anos entrou na sala de medicação já era mais de 11 da noite, após o filho ameaçar ir embora, mas ainda ficou esperando. “O atendimento é muito ruim, estamos aqui desde as 3 horas e ele nem foi medicado. Não dão atenção nenhuma, você pergunta e eles não respondem, é um descaso muito grande”, disse Varjão.
A sala de medicação estava abarrotada de pessoas em procedimento e mais de 50 usuários aguardavam no corredor, quase todos em pé, ser chamados por cinco auxiliares de enfermagem que não davam conta da demanda e irritavam os que esperavam, que colocavam a mão no rosto, balançavam a cabeça de insatisfação ou reprovavam o atendimento prestado, no limite da indignação. “Tinha que tirar os pacientes e tocar fogo nisso aqui. Isso não é um hospital, é um açougue”, disse em voz alta um homem aparentando 30 anos que já estava lá “há horas”.
Na área de consultórios, acanhada e ainda mais confinada com outros 50 pacientes, pelo menos, que aguardavam, apesar de três clínicos, a auxiliar administrativa Amanda Magalhães, 19, do Parque Marabá, ainda esperava passar no médico cinco horas depois de chegar à unidade, às 19h. “Devo estar com infecção urinária, mas agora já estou com dor no estômago, não estou mais aguentando esperar”, disse. Com a demora, quando já era por volta da meio-noite, ela teve que andar de um setor ao outro atrás da própria ficha, que teria sido perdida, sem achar.
Em retrato do que os usuários chamaram de “absurdo da desorganização”, uma médica saiu à porta do consultório após ser cobrada por pacientes a informar o paradeiro dos papéis para atendimento e falou: “Senhores, vou tirar o meu jaleco, estão querendo que eu procure as fichas, quando tinha que ter pessoa para resolver isso, eu estudei para atender pacientes”. Outras pessoas pediram para que voltasse a clinicar. Com o constrangimento, uma atendente veio às pressas e chegou a sentar no chão para localizar fichas e com ajuda dos próprios pacientes.
No piso da entrada, da pediatria, o quadro não era diferente: mães e pais com os filhos, quase todos de colo, estavam revoltados com a demora, além da qualidade no atendimento. O pedreiro José Almir dos Santos, 41, do CSU, estava com o filho de 7 anos com mais de 38º e sonolento após ter ido à UPA com o menino três dias antes. “A médica disse que o exame não deu nada e para a dor de garanta era para dar só dipirona que sarava, e o moleque com febre direto”, contou, na fila com mais de 30 crianças para serem atendidas, já há quatro horas no PS.
VISITA
A vereadora Érica Franquini (PDT) esteve na UPA no momento, no fim da noite. Na saída, ao VERBO, ela disse ter verificado que quatro clínicos, sendo um na emergência, e dois pediatras estavam atendendo. “O que está bagunçado é a triagem, não é falta de médico – agora, a enfermeira acabou com a triagem, e os pacientes estão sendo atendidos mais rápido. A classificação de risco que não está dando certo, vamos ter que conversar, sou presidente da Comissão [de Saúde da Cãmara] e vou levar isso ao prefeito para ver o que ele pode fazer”, afirmou.
Para Érica, o problema é que “o pessoal não entende que os casos mais urgentes são passados mais rápido, e o atendimento aos não considerados urgentes demora um pouquinho mais, de duas a três horas”. No entanto, Almir dos Santos com o filho foi encaminhado à medicação só por volta de meia-noite, seis horas após chegar à UPA, ainda para aguardar ser chamado. Ele mesmo observou o motivo. No início, duas pediatras estavam atendendo, mas por volta de 22h em diante uma se ausentou. “A outra aproveitou que a vereadora saiu e caiu fora”, disse.
A vereadora também foi criticada. “Ela perguntou sobre o estado do meu filho e disse para eu e minha mulher passarmos ele na frente. Mas não é assim, todos os casos aqui na fila são graves. Então, ela disse que a demora é por causa da epidemia [de virose]. Epidemia nada, só tem um médico para atender”, disse o gráfico Josival Cabral, 44. Ele contou que, morador do Jardim São Salvador, foi primeiro ao Pronto Socorro Antena. “Lá fora estava um formigueiro, dei meia-volta e viemos para cá, muitos fizeram isso. Chegando aqui, só tem um pediatra, aí é complicado.”
De fato, o professor José Arnaldo Siqueira, 27, do Parque Pinheiros, também antes levou o irmão, com crise de enxaqueca e hipertensão, ao Antena, mas ao chegar, às 18h30, soube que pacientes estavam na unidade desde 14h e não tinham passado em consulta. “A coisa tá feia, péssima”, disse à reportagem. “O que adianta ter prédio bonito e não ter estrutura para atender”, protestou a vendedora Roberta Corvino, 34, também do Parque Pinheiros. O governo Fernando Fernandes (PSDB) não respondeu à reportagem sobre a UPA, desde a manhã, nem sobre o Antena, desde a semana passada.
CADA DIA PIOR ESSA UPA,FALTA FUNCIONÁRIOS,ONTEM ESTIVE LÁ.TA ABANDONADA ,CAD A COMISSÀO DE SAÚDE DA CAMARA DO VEREADORES??????
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