5 mulheres são espancadas a cada 2 minutos no país, aponta pesquisa

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MULHERES Em 2002, no 2º Fórum Social Mundial, na PUC-RS, em Porto Alegre, ativistas se manifestam no enfrentamento a fundamentalismos e violência contra a mulher.
ACERVO-NOTÍCIA (8.mar.14) MULHERES NA LUTA  Em 2002, no 2º Fórum Social Mundial, na PUC-RS, em Porto Alegre, ativistas se manifestam no enfrentamento a fundamentalismos e violência contra a mulher. De acordo com a pesquisa “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado”, da Fundação Perseu Abramo, a violência contra a mulher permeia toda a sociedade, seja qual for o recorte, o de renda, cor, escolaridade, região ou outro fator. O estudo revela que 10% das entrevistadas já foram espancadas uma vez na vida – 20% delas no último ano -, o que significa que cinco mulheres são espancadas no Brasil a cada dois minutos. “Durante muito tempo, a sociedade defendeu que em briga de marido e mulher não se mete a colher, as mulheres não encaram publicamente, as pessoas acham que é um problema do casal”, diz o professor da Faculdade de Sociologia da USP Gustavo Venturi, organizador da pesquisa, ao R7. Quando questionados, os homens revelam a proximidade com a violência. “Dos homens entrevistados, 50% disseram conhecer alguém que já bateu em mulher, e 25% tinham algum caso na família.” A briga por causa da fidelidade é apontada como motivo da metade dos casos, em demonstração de que o tema da posse, do pertencimento ao outro, é a questão de fundo que mais alimenta a violência doméstica. “Isoladamente é a principal razão. As questões relativas à autonomia delas – a mulher quer sair para trabalhar, escolher como se vestir ou voltar a estudar – geram um quinto das agressões”, observa. (Da Redação)

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