Grupo quer animais fora do Parque das Hortênsias; ativista xinga Taboão

Especial para o VERBO ONLINE

Ativistas se manifestam contra permanência dos animais no Parque das Hortênsias ao acusar maus tratos

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Grupo de ativistas está em frente ao Parque das Hortênsias, na região central de Taboão da Serra, e se manifesta pela retirada dos animais e fechamento do zoológico municipal que existe dentro do espaço ao acusar que os bichos estão sofrendo maus tratos. Uma das participantes da mobilização protestou contra abordagem da Guarda Civil Municipal que impediu que as pessoas se instalassem diante do local e xingou o município. O parque continua aberto, todos os dias, à visitação da população mesmo ao passar por reforma, que está ainda na fase inicial e sendo feita de forma gradativa.

Ativistas se manifestam contra permanência dos animais no Parque das Hortênsias ao acusar maus tratos
Ativistas se manifestam contra permanência dos animais no Parque das Hortênsias ao acusar maus tratos

Uma das ativistas, Adriana Greco, postou em perfil pessoal no Facebook fotos de animais que estariam debilitados e de recintos deteriorados do parque – que abriga 300 bichos. “Os animais vivem em locais quebrados, enferrujados, improvisados, sujos, com água parada, com vazamentos hidráulicos, instalações elétricas aparentes, entulhos, sujeira”, disse. Ela cita que muitos já morreram e que nos últimos dias um “lindo pavão não resistiu”. “Não há condições mínimas dos animais permanecerem no zoológico de Taboão da Serra… Vamos esperar que mais animais morram?”, disse.

Para Greco, os moradores de Taboão querem que os animais sejam retirados do Parque das Hortênsias. “Eles precisam do parque, o lugar é lindo mas não como cárcere de animais silvestres e selvagens torturados. Tem muito potencial o lugar para população, la [sic] deveriam fazer um espaço perfeito de lazer para todos e deixar os animais em paz”, disse. Ela criticou as obras de recuperação com os bichos no local. “Resolveram pela reforma, pedimos para retirar os animais, mas… não. Caminhões entram la, as araras gritam e se jogam nas grades, barulho de material descarregado”, relatou.

Greco reagiu à aproximação da GCM contra montagem de barraca diante do parque. “Ja [sic] acampamos em Brasília no palacio [sic] dos bandeirantes e vem uma policinha de merda de uma cidade de bosta perdir a autorização de uma das prefeituras mais corruptas do pais [sic] pra gente acampar?”, escreveu no Facebook. O grupo não teve permissão. Na madrugada desta sexta-feira, ela descreveu as condições do protesto. “Chove muito aqui no parque das Hortênsias e de mortes. Acampamento ainda improvisado alguns nos carros outros em uma barraca só, estamos em 11 ativistas.”

O secretário de Cultura, o vice-prefeito Laércio Lopes, explicou por meio do Facebook que a prefeitura assinou com o Ministério Público (MP) termo para “reformas urgentes” no parque e “já estamos com todo o projeto pronto, começando pelos muros laterais”. Ele disse que se comprometeu com ativistas a retirar a leoa, o gavião e até o pavão, mas que é necessária a autorização do departamento de fauna da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. ” Já pedi a transferência e estou aguardando a autorização que, infelizmente, não veio ainda (…). Quero dizer que não sou nenhum assassino.”

O vereador Ronaldo Onishi (SDD), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, e da base aliada ao governo, disse em sessão na terça-feira que a reforma foi exigência do MP, tem aval e acompanhamento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e que o espaço continuará a ter animais. “Faremos a defesa incondicional do Parque das Hortênsias e do nosso zoológico”, disse. Também tachado de “assassino de animais” pelos ativistas – não moradores de Taboão -, Onishi os chamou de “levianos” e “forasteiros” que ignoram que o parque representa “um patrimônio para os taboanenses”.

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