Leoa é achada morta no Jd. Record; prefeitura nega ser animal do zoo

Especial para o VERBO ONLINE

Restos mortais de leoa em terreno baldio na esquina da Estr. Ten. José Maria da Cunha,

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Uma leoa foi achada morta na tarde desta terça-feira, dia 7, em um terreno baldio na rua José Miele, na área da antiga antena da Capital, no Jardim Record, em Taboão da Serra. As polícias Militar e Civil e o Centro de Controle de Zoonoses estiveram no local e recolheram os restos mortais durante a noite. Nesta manhã, o animal foi encaminhado pela prefeitura à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP para necrópsia e diagnosticar a morte.

Moradores notaram o animal descartado na manhã de domingo, mas de início pensaram que era o corpo de um homem, já que estava em um saco de náilon. “Meu marido foi ver a movimentação no campo de futebol lá baixo, e viu um pacote estranho, parecia um corpo pelo tamanho e o volume”, contou Gicele Alves, 46. Ligaram para o 190 da PM, que disse que precisavam abrir para saber se tratava mesmo de uma pessoa, porque podia ser um cachorro.

Restos mortais de leoa em terreno baldio na esquina da estr. Ten. José Maria da Cunha, a cem metros de PS
Restos mortais de leoa em terreno baldio na esquina da estr. Ten. José Maria da Cunha, a cem metros de PS

Na segunda-feira, abriram o saco e viram que era um leão. “Voltamos a ligar para a PM, mas, quando falávamos do bicho, desligavam na nossa cara”, disse Simone Soares, 26. Procurada, a Polícia Militar não respondeu à queixa de mau atendimento. “Na cozinha, não estava nem mais comendo, de tanta mosca, fora o mau cheiro, e a vizinhança também reclamando do fedor”, disse Gicele. O local fica a cerca de cem metros do Pronto-Socorro e Maternidade Antena.

Uma moradora ligou para a prefeitura na manhã de ontem, mas a funcionária, após anotar seus dados, disse que só depois de dois ou três dias o leão seria retirado. A ligação foi encaminhada à Secretaria de Comunicação. O VERBO ligou para o secretário Daniel Borges e à secretária de Saúde, Raquel Zaicaner, mas ambos não atenderam. Às pressas e de improviso, Raquel acionou a Zooneses – que não lida com animais silvestres – após o caso ganhar o noticiário.

Com a repercussão negativa da morte do leão do Parque das Hortênsias há menos de dois meses, a notícia do felino abandonado morto, quando ainda não se sabia o sexo, causou agitação entre assessores mais próximos de Fernando Fernandes (PSDB), que assistiam com o prefeito ao jogo do Cats na Copa São Paulo. Diante das primeiras informações, colocaram em dúvida se era um leão e trataram de rebater a suspeita de que era o do zoo municipal.

“Estão falando que é um leão, mas pode ser outro animal, um cavalo”, disse o secretário Gerson Brito (Segurança). “Mas não é o nosso, o leão foi mandado para a Unisa, para exames”, afirmou. A Universidade Santo Amaro confirmou ter recebido o leão do Parque das Hortênsias. Brito especulou sobre o felino achado morto. “Donos de circo estão abandonando muito animal velho.” A Delegacia de Meio Ambiente da Seccional de Taboão investiga o crime ambiental.

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