ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
A Escola Estadual Edgard Francisco, no Jardim Guaciara, em Taboão da Serra, realizou no sábado, dia 21, a 14ª Festa das Nações e atraiu público de cerca de mil pessoas. Alunos dos três anos do ensino médio enfeitaram as salas de aula com características de diferentes países, com pratos e bebidas típicas, e apresentaram na quadra danças elaboradas e elementos essenciais da cultura de cada povo, ponto alto do tradicional evento do colégio na região do Pirajuçara.

As turmas que representaram a Inglaterra, a 2º ano F, com direito a referência aos Beatles, a Coreia do Sul, 3º A, e Bélgica, 1º ano, estiveram entre as que mais empolgaram a comunidade escolar. “Inglaterra ‘tava’ maravilhosa, representando o rock’n roll”, disse Carolina Diniz em uma rede social. “Por ser a primeira vez, […] a Bélgica está de parabéns, esteve firme do início ao fim, foi o melhor 1º ano de todos que vi na festa”, opinou Leonardo Lima também na internet.
A festa teve também, entre outras apresentações, a graça do bailado de Portugal, a dança do ventre de jovem de preto marcante da Turquia, as animadoras de torcida do Canadá, os nativos da Nova Zelândia e o baile de gala do Uruguai, com moças e rapazes em trajes impecáveis, apesar da aparente unanimidade. “Coreia, Inglaterra e Bélgica […] foram as únicas salas que os jurados aplaudiram de pé e interagiram com o público. Mas parabéns para as outras”, falou Juliana Marques.
ACIDENTE
Um acidente marcou a apresentação sobre o México, a do 3º E. A aluna Sarah Camile, 18, fazia o número de pirofagia (“cuspir fogo”) quando as chamas se voltaram contra a jovem no rosto e no cabelo, que estava solto. Sem conseguir se livrar das labaredas, desesperada, ela foi ajudada depressa pelo colega T.M., que apagou o fogo. Ela teve queimaduras de 1º grau, foi medicada, voltou para casa já à noite e passa bem. “Lugar certo, na hora certa. Deus me colocou ali”, comentou o rapaz. “Obrigado por ter me ajudado, agradeço do fundo do meu coração”, disse Sarah ao colega pelo Facebook.

A aluna teve “a região da bochecha direita chamuscada”, de acordo com a diretoria do Edgard, e foi socorrida por alunos e familiares. O VERBO fotografava o evento e registrou na rua a saída da jovem, que estava com a cabeça coberta. Dentro da escola, o repórter deste site foi agredido com violência aos socos e chutes e, já do lado de fora, derrubado no chão por um grupo de cerca de dez jovens que exigiam que as fotos fossem apagadas. Com escoriações no tórax e braço, deixou o local em viatura da PM, procurou atendimento médico e registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial.
Força companheiro! … se precisar, estamos ai..
Caro colega,
Estamos juntos no que você precisar. Repudiamos tal atitudes, ainda mais, vindo de alunos e de dentro de uma Escola. Queremos respostas da diretoria e da polícia.
Márcio Cansian
Jornal Atual
Não que eu concorde com a agressão com o jornalista, mas eu estudei nessa escola e conheço alguns dos alunos envolvidos e digo que nessa escola os alunos não são violentos ou marginais, foi uma atitude fora do comum. Claro que eles devem ser punidos, mas o jornalista deveria ter pedido permissão para tirar a foto da adolescente que com certeza não ficaria feliz em ver seu rosto queimado estampando os jornais da região, ela ficaria envergonhada como qualquer adolescente ficaria.