Professores e alunos protestam contra reorganização e fechamento de escolas

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Da Redação do VERBO ONLINE

Cerca de 200 educadores, alunos, pais, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais de Taboão da Serra e Embu das Artes realizaram na manhã desta terça-feira (6) passeata e ocuparam a Diretoria de Ensino em Taboão contra a reorganização da rede pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Os manifestantes denunciaram que a medida afetará a região com fechamento de escolas, deslocamento de estudantes para locais distantes e demissão de professores.

Professores e alunos protestam ante Diretoria de Ensino em Taboão contra reorganização da rede estadual

Jovens exibiram cartazes com frases como “Contra reorganização do ensino com fechamento de escolas”, “Quem fecha escolas abre prisões”, “Como ser o futuro da nação sem nem temos educação” e “Não somos clientes, somos alunos”. Pais de alunos teriam sido avisados de que pelo menos duas escolas estaduais em Taboão da Serra seriam fechadas, a EE Alípio de Oliveira e Silva, na região do Jardim Monte Alegre, e EE Reynaldo do Nascimento Falleiros, no Pirajuçara.

O governo Alckmin decidiu dividir as escolas por ciclos de ensino, em um plano que vai obrigar até metade dos alunos da rede mudar de escola já a partir do ano que vem. Com a medida, a maioria dos colégios deverá oferecer classes de apenas um dos três ciclos da educação básica, os anos iniciais (1º ao 5º) e finais (6º ao 9º anos) do ensino fundamental e ensino médio. Na prática, uma região com três escolas para alunos de todas as séries terá só uma para cada ciclo.

A Secretaria Estadual de Educação prevê que o plano afetará até mil escolas e entre 1 milhão e 2 milhões de alunos – a rede tem 5.108 escolas e 3,8 milhões de alunos. O plano foi apresentado aos 91 dirigentes de ensino de todo o Estado no dia 22. A pasta planeja convocar pais para um recadastramento e no dia 14 de novembro informar os novos colégios dos alunos que serão transferidos. Diz que eles vão para unidades a 1,5 km de distância no máximo de onde estudam.

De acordo com a secretaria, com mais classes de um só ciclo, os professores poderão cumprir a jornada toda em uma mesma escola, e será liberado espaço para ampliar o ensino em tempo integral. Para a Apeoesp (sindicato), a mudança vai obrigar os professores que dão aula em diferentes séries a se deslocarem muito mais e causará descontentamento geral em pais pela “bagunça” que será realocar um quantidade enorme de alunos e a distância para as novas escolas.

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