Nóbrega reafirma não aderir ao PT por ‘gratidão’ a Alckmin, mas cita Suplicy

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

O vereador Eduardo Nóbrega (PR), presidente da Câmara de Taboão da Serra, voltou a declarar na sessão na última terça-feira, dia 12, voto no governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) e afirmou que antes de ser partidário é morador da cidade e tem gratidão, para explicar não seguir o PR no apoio ao candidato ao governo Alexandre Padilha, do PT, ao qual a sigla se aliou. Em compensação, Nóbrega disse que votará no petista Eduardo Suplicy para o Senado.

“Antes de ser filiado ao PR, sou cidadão taboanense, trago comigo um princípio básico, o da gratidão. Não há taboanense que possa deixar de votar em Geraldo Alckmin”, disse Nóbrega, para em seguida listar seis equipamentos previstos para a cidade com recursos estaduais – Corpo de Bombeiros, creches, escolas, postos de saúde, Etec. De início, disse que Alckmin é “o governador que trouxe o metrô para Taboão”, para logo fazer a correção de que é “o governador que irá trazer”.

À espera do prefeito Fernando em vistoria à UPA em Taboão, Padilha, então ministro, é recebido pelo vereador Eduardo Nóbrega
À espera do prefeito Fernando em vistoria à UPA em Taboão, Padilha, então ministro, é recebido por Nóbrega

“Como não votar em Geraldo Alckmin para governador?”, questionou ainda em tribuna. Ele disse que respondia ao VERBO, que após discurso na sessão anterior repercutiu a preferência do vereador. “Fui alvo até de críticas do VERBO ONLINE, de maneira legítima. Realizando a sua função jornalística, fez uma comparação entre [sobre] eu não apoiar o candidato que meu partido está apoiando [para governador] no Estado. Eu respondo ao VERBO ONLINE”, disse ele.

Na verdade, o VERBO questionou declaração de Nóbrega em discurso na Câmara e reafirmada em entrevista a este site em outubro de 2013 de que apoiaria um candidato petista se o PR fechasse aliança com o PT, o que aconteceu, e não simplesmente que o vereador decidiu votar em Alckmin, como sugeriu ao voltar a se pronunciar. Nesse caso, se na ocasião tivesse já declarado voto no tucano, não poderia ser inquirido no quesito incoerência, apesar de contrariar aliança do PR.

Apesar das declarações de antes, Nóbrega sempre demonstrou que não seguiria o partido, ao atacar o PT. Numa sessão, fez duras críticas à saúde de cidades governadas pelo PT, Embu das Artes e São Paulo, ignorando até que o PR é aliado dos petistas nas duas prefeituras. Na visita do hoje candidato Padilha à UPA de Taboão, em dezembro, o vereador Moreira (PT) disse a uma munícipe que o petista seria o próximo governador com apoio do PR de Nóbrega, que riu em discordância.

Na sessão passada, Nóbrega procurou remediar o descompasso e com nova declaração de voto inesperada. “Seguirei o partido para o Senado, votarei no senador Suplicy. Não votarei no José Serra [PSDB], e sabe por quê? José Serra não quer ser senador da República, quer ser presidente da República. Abandonou a prefeitura de São Paulo [em 2006] para tentar ser presidente. Se vencer, abandonará o Senado para ser ministro. Eu quero um senador que me represente”, afirmou.

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