Analice e Geraldo Cruz são reeleitos; Chico fracassa com marca pífia em Embu

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Como quatro anos atrás, Analice Fernandes (PSDB) e Geraldo Cruz (PT) foram os candidatos a deputado estadual da região eleitos – e reconduzidos – à Assembleia Legislativa de São Paulo nas eleições neste domingo, dia 5. Ex-secretária municipal e mulher do prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes, a tucana conquistou o quarto mandato ao ter 151.407 votos. O petista, ex-vereador e ex-prefeito de Embu das Artes, vai para o segundo mandato com 60.103 votos.

Analice não só recuperou como superou o desempenho em 2006, quando teve 140.587 votos (0,68% dos válidos) e foi a nona mais votada, após ter tido uma queda na preferência do eleitorado em 2010, para 125.116 votos (0,58% dos válidos e 21ª posição). Agora, a deputada teve 0,74% dos válidos, apesar de ter sido apenas a 16ª mais votada. Mas passou longe de ser “top cinco”, conforme apontou pesquisa Ibope divulgada pela “Veja SP”. Ela chegou a comemorar.

Analice faz ‘v’ da vitória diante da urna de votação em Taboão; Geraldo vota confiante em escola em Embu

Analice demonstrou ter expectativa maior. “Eu estou muito otimista, trabalhei muito durante o mandato, confio muito no nosso trabalho e também do grupo que me acompanhou durante este período. Estou muito otimista com a nossa reeleição, continuo fazendo a interlocução junto ao governo do Estado, trabalhando pela nossa cidade, pela nossa região como sempre fiz”, disse ela na saída da Escola Domingos Mignoni, no centro de Taboão, após votar às 16h30.

Analice teve só em Taboão da Serra 48.650 votos ou 32,1% do total – só ela abocanhou quase 1/3 dos votos válidos. O crescimento foi de 55% – em 2010, foram 31.388 (modestos 25,1%); já em 2006, 40.461 (28,8%). Em Embu das Artes, ela teve 14.460 votos, terceira mais votada, mas evoluiu 19,7% – em 2010, foram 12.081. Teve em Itapecerica da Serra 10.641 e ficou em 1º – em 2010, foram 8.548 (+24,5%). Nas seis cidades da região, teve 84.537 (55,8% do total).

Já Geraldo teve menos da metade da votação em 2010, quando recebeu 131.206, queda vertiginosa de 54,2%, mas saiu vitorioso ao não ter, como naquela campanha, apoio do próprio partido, de aliados do PT e da máquina administrativa, que investiram pesado na candidatura do rival João Leite, lançado pelo prefeito Chico Brito após briga política com Geraldo. Há quatro anos, teve 69.295 votos em Embu. Agora, 32.731, ainda assim mais que o dobro de João (14.711).

Em Taboão, Geraldo teve 3.971 votos e foi o terceiro mais votado – em 2010, foi o segundo, com 11.848, mas sem a concorrência da candidatura agora de Wagner Eckstein (PT), que foi o segundo com 10.880 votos. O deputado teve em Itapecerica 4.264 votos, contra 8.241 há quatro anos. Em Embu-Guaçu, com apoio do prefeito Clodoaldo Leite (PMDB), ele conquistou 1.822 e foi só o quarto. Nos seis municípios da região, Geraldo teve 43.863 votos (73% do total).

ADVERSÁRIO
João teve 58.169 votos e não foi eleito por diferença de 1.821. Com 43.458 votos de fora de Embu, Chico é o principal derrotado com o resultado pífio do aliado na cidade. O pior é que se 69.295 votos foram para um candidato de Embu em 2010, agora só 47.442 tiveram o mesmo destino, a “fuga” de votos foi 21.853 após a rixa no PT. Nas redes sociais, “geraldistas” comemoraram a vitória com sentimento de terem “dado o troco” contra “ditadura e humilhações”.

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